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  • Foto do escritor: Arq. Fabiana Barreira | MBA em Plataforma BIM
    Arq. Fabiana Barreira | MBA em Plataforma BIM
  • 21 de ago. de 2020
  • 2 min de leitura

Já está mais do que claro que o BIM otimiza bastante o trabalho dos projetistas, quando se é utilizado da maneira correta. Temos desenhos integrados, visualização 3D facilitada e colaboração entre os projetos e todos os seus envolvidos. Mas a pergunta que não quer calar é: quanto eu vou ganhar com isso?


Se analisarmos cada benefício trazido pelo BIM, já é possível enxergar o ganho econômico do uso dessa metodologia. Começando pela extração de quantitativos. Se tivermos um modelo coerente com a obra real, elementos e materiais ocupando seu lugar correto no espaço, temos um orçamento não só mais preciso, mas com uma redução de tempo em sua elaboração de até 80% (Stanford University Centerfor Integrated Facilieties Engineering).


Com a análise de interferências realizada a partir dos modelos, temos uma compatibilização mais precisa e otimizada, diminuindo o número de inconsistências entre as disciplinas que apareceriam em obra, que traria perca de tempo ao buscar soluções, e muitas vezes, perca de material. Ainda de acordo com pesquisa feita pela Stanford University Centerfor Integrated Facilieties Engineering (CIFE), as estimativas de custo com imprecisões na utilização do BIM são de apenas 3%.


Tratando do planejamento da obra, com a simulação do BIM 4D, é possível prever o melhor cenário para a construção, ou até mesmo para o canteiro de obras, analisando sua logística, movimentação de equipe e material, fazendo simulações que preveem os custos e desperdícios. De acordo com Shih-MingChen em seu artigo A framework for an automated and integrated project scheduling and management system (2013), o tempo de execução de obra pode ter uma redução de 7,6% com a utilização da modelagem 4D.


Entrando no âmbito da manutenção predial, temos um modelo As Built, onde todas as informações relacionadas a manuais, especificações técnicas, garantias e etc. estão disponíveis durante todo o ciclo de vida da edificação. Dessa forma, temos uma grande facilidade e economia de tempo no controle e substituição de peças e instalações do edifício.


Por fim, com o desenvolvimento de um modelo BIM, o número de simulações de eficiência energética que podem ser feitas é imenso. Análises como o desempenho e vida útil dos elementos da edificação, podem trazer grandes benefícios financeiros a longo prazo.


A economia, seja ela no custo ou no tempo, é inquestionável. Mas para isso, é necessário que a informação do modelo esteja integrada e precisa, para que haja consistência nos resultados das extrações do modelo!


 
 
 
  • 13 de ago. de 2020
  • 3 min de leitura

Você sabe quais são as dimensões do BIM? Já ouviu alguém falar em BIM 4D, 5D, 6D ou 7D e ficou sem entender muito bem a que se referiam?


Hoje vamos conhecer um pouco sobre as dimensões da tecnologia BIM e qual a função de cada uma delas!


As dimensões BIM se referem às fases de desenvolvimento do Projeto, cada uma delas contém as informações especificas e necessárias à determinada etapa do ciclo de vida da edificação. Sabemos que sendo uma construção virtual, modelos BIM dependem da acurácia geométrica dos elementos, mas também é evidente que, dada a tamanha complexidade de um projeto, nem todas as informações pertinentes à execução e uso daquela edificação podem ser representadas geometricamente. Exatamente por isso, as dimensões BIM foram criadas para desenvolver e aperfeiçoar as outras informações pertinentes ao projeto.


Elas funcionam como camadas de informação que são adicionadas ao projeto ou desenvolvidas a partir dele. Cada nível trás novas informações, e com o conjunto de níveis podemos planejar e ter controle sobre todo o ciclo de vida da edificação. Cabe aos participantes do projeto decidir que dimensão BIM será alcançada, tendo em mente que para abranger todo o ciclo de vida da edificação, é necessário passar por todas as dimensões.


Independente do nível de informação que se deseje alcançar nesse modelo, existe um caminho lógico a ser seguido.



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O BIM 3D é o mais conhecido e mais usado. É nessa dimensão que o projeto de arquitetura e seus complementares são desenvolvidos e detalhados para seguir para a execução. É aqui também que é realizada a compatibilização, visando deixar o projeto preciso e fechado para que as fases seguintes possam ser desenvolvidas tendo ele como base.



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Já no BIM 4D, começamos a lidar com o tempo. É nessa fase que é desenvolvido e aperfeiçoado o Planejamento da Obra, são traçadas estratégias de execução e é possível visualizar suas consequências. Então, é nessa fase que adicionamos informações relativas a quando, por quem e em quanto tempo será desenvolvida cada elemento do projeto. Aqui também é onde fazemos o controle da obra, esse mesmo planejamento pode ser alimentado com informações relativas à execução, para verificação de prazos, tempo de execução, dimensionamento da mão-de-obra e etc. Assim, é possível diagnosticar problemas e traçar novas estratégias, também durante o andamento da obra.



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O BIM 5D é a camada dos custos. É nessa fase que desenvolvemos e sobrepomos o orçamento às demais informações, fazendo com que todas elas estejam acessíveis e conectadas. O modelo BIM 5D te dá um panorama geral do projeto, dos prazos e dos custos.



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Na dimensão 6D temos informações relacionadas ao desempenho da edificação e da sua construção. Toda edificação usa uma quantidade de energia durante cada fase do seu ciclo de vida. Aqui, a ideia é rastrear esse gasto energético e aperfeiçoar o que for possível. Serão adicionadas informações relativas à destinação de resíduos da obra e consumo energético da edificação, por exemplo. De forma que não só sua construção seja otimizada buscando minimizar impactos naturais, resíduos, poluição, desperdício, uso energético e etc; mas que também o seu uso seja sustentável e seu funcionamento otimizado. Lembre-se sempre, quando falamos das dimensões BIM falamos de todo o ciclo de vida da edificação.



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O BIM 7D trata da manutenção da edificação. Aqui, informações pertinentes e necessárias a pós construção são adicionadas. São informações como fornecedor, tipo e tempo de garantia, especificações técnicas, tempo de uso, vida útil etc, de cada equipamento. Essas informações são integradas às demais informações do projeto, inclusive geométricas, otimizando incrivelmente o processo de manutenção. Ainda nessa fase, é possível programas rotinas de manutenção, periódicas. Acionar prestadores de serviço e programar gastos com futuras manutenções.


É importante salientar, entretanto, que existe certa divergência de autores quanto a classificação das dimensões. Para alguns a 6D seria a Sustentabilidade e para outros a Manutenção.


Até aqui temos as dimensões mais conhecidas e consolidadas no mundo BIM até o momento, mas outras já vem surgindo e se mostrando relevantes. A 8D, por exemplo, se propõe a gerenciar as informações relativas a segurança das edificações, já a 9D se propõe a introduzir informações relativas a Construção Enxuta, e ainda, temos o professor Ignasi Pérez com sua “Teoria dos 10D’s do BIM” nos trazendo o conceito do BIM 10D, que seria a Construção Industrializada e o objetivo final de todos os outros “D”.


Fato é que ainda há muito a se explorar dentro das possibilidades do BIM. As dimensões BIM que vem sendo utilizadas até o momento são imprescindíveis, se o desejo for implementar o BIM e suas possibilidades de ganhos e melhorias em todas as fases da edificação. O controle total do ciclo de vida e a otimização das edificações e processos construtivos, passa necessariamente pelo domínio e aperfeiçoamento das suas dimensões.


Em que “D” será que ainda vamos chegar? Ainda há muito espaço para novas discussões e possibilidades BIM e dificilmente vamos parar por aqui!

 
 
 
  • Foto do escritor: Arq. Letícia Parente | MBA em Plataforma BIM
    Arq. Letícia Parente | MBA em Plataforma BIM
  • 6 de ago. de 2020
  • 1 min de leitura

Você já se pegou meio perdido no meio de algumas publicações sobre BIM por causa dos termos? Separei hoje alguns dos principais para te ajudar!


> Modelo É um modelo 3D, que contém informações, feito em um software BIM.


> Modelo Paramétrico Um modelo com elementos que podem ser manipulados usando parâmetros e regras específicas.

> As Built O modelo atualizado com todas as informações da construção real.


> Modelo Federado Arquivo composto por diferentes modelos conectados entre si, mantendo suas características, elementos e base de dados.


> Interoperabilidade Trata da troca de dados entre os diferentes softwares.


> Clash Detection Teste para apontar conflitos e gerar relatórios de análise entre as disciplinas projetadas.


> LOD Level of Development (Nível de Desenvolvimento) define o nível de desenvolvimento do modelo e elementos contidos nele. É definido com base nos usos pretendidos para o modelo.

> BIM Manager É o profissional qualificado para implementação nas empresas e gerenciar projetos, fazendo o correto uso da metodologia BIM.

> BEP O Plano de Execução BIM ou BIM Execution Plan (BEP) é um documento que contém as diretrizes e processos de modelagem, além das informações que serão consideradas, juntamente com os responsáveis técnicos por cada trabalho e quais serão as estratégias de desenvolvimentos adotadas.

> Open BIM É uma "abordagem universal" para projetos realizados em colaboração, sendo elaborados e gerenciados por padrões e fluxos de trabalhos abertos.

> IFC Formato de arquivo que permite o intercâmbio entre projetos elaborados em diferentes softwares, sem perda ou distorção de dados e informação.


Quer saber mais? Dá uma olhada no Bim Dictionary! Aqui tem uma infinidade de termos, a maioria em inglês, que vão te ajudar nessa jornada pelo BIM!

 
 
 

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