Já está mais do que claro que o BIM otimiza bastante o trabalho dos projetistas, quando se é utilizado da maneira correta. Temos desenhos integrados, visualização 3D facilitada e colaboração entre os projetos e todos os seus envolvidos. Mas a pergunta que não quer calar é: quanto eu vou ganhar com isso?
Se analisarmos cada benefício trazido pelo BIM, já é possível enxergar o ganho econômico do uso dessa metodologia. Começando pela extração de quantitativos. Se tivermos um modelo coerente com a obra real, elementos e materiais ocupando seu lugar correto no espaço, temos um orçamento não só mais preciso, mas com uma redução de tempo em sua elaboração de até 80% (Stanford University Centerfor Integrated Facilieties Engineering).
Com a análise de interferências realizada a partir dos modelos, temos uma compatibilização mais precisa e otimizada, diminuindo o número de inconsistências entre as disciplinas que apareceriam em obra, que traria perca de tempo ao buscar soluções, e muitas vezes, perca de material. Ainda de acordo com pesquisa feita pela Stanford University Centerfor Integrated Facilieties Engineering (CIFE), as estimativas de custo com imprecisões na utilização do BIM são de apenas 3%.
Tratando do planejamento da obra, com a simulação do BIM 4D, é possível prever o melhor cenário para a construção, ou até mesmo para o canteiro de obras, analisando sua logística, movimentação de equipe e material, fazendo simulações que preveem os custos e desperdícios. De acordo com Shih-MingChen em seu artigo A framework for an automated and integrated project scheduling and management system (2013), o tempo de execução de obra pode ter uma redução de 7,6% com a utilização da modelagem 4D.
Entrando no âmbito da manutenção predial, temos um modelo As Built, onde todas as informações relacionadas a manuais, especificações técnicas, garantias e etc. estão disponíveis durante todo o ciclo de vida da edificação. Dessa forma, temos uma grande facilidade e economia de tempo no controle e substituição de peças e instalações do edifício.
Por fim, com o desenvolvimento de um modelo BIM, o número de simulações de eficiência energética que podem ser feitas é imenso. Análises como o desempenho e vida útil dos elementos da edificação, podem trazer grandes benefícios financeiros a longo prazo.
A economia, seja ela no custo ou no tempo, é inquestionável. Mas para isso, é necessário que a informação do modelo esteja integrada e precisa, para que haja consistência nos resultados das extrações do modelo!
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